BRASIL SORRIDENTE

Quase 1 milhão de brasileiros têm mais de R$ 1 mil em dinheiro esquecido para resgate

O prazo inicial para saque dos valores esquecidos nos bancos terminou na quarta-feira (16 de outubro de 2024). No entanto, pessoas físicas e empresas que perderam esse prazo ainda terão 6 meses extras para requisitar os valores, conforme anunciado pelo governo.

O Sistema de Valores a Receber (SVR), gerenciado pelo Banco Central (BC), permite que cidadãos e empresas consultem se possuem valores esquecidos em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras e realizem o saque.

Caso o dinheiro não seja resgatado dentro do novo prazo de 6 meses, os recursos serão definitivamente incorporados à União, conforme prevê a Lei 2.313 de 1954, que estabelece um período de 25 anos para a reclamação desses valores antes que possam ser transferidos ao Tesouro Nacional.

Os recursos não sacados serão utilizados para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e 156 municípios, aprovada em setembro de 2024 pelo Congresso Nacional.

Quase 1 milhão de brasileiros têm mais de R$ 1 mil em dinheiro esquecido para resgate
Prazo inicial terminou, mas titulares ainda podem recuperar valores esquecidos em até 6 meses. | Foto: Canva Pro.


Quanto dinheiro ainda não foi resgatado?

Até a última atualização do Banco Central, R$ 8,6 bilhões estavam disponíveis para saque, sendo:

  • R$ 6,62 bilhões pertencentes a pessoas físicas;
  • R$ 1,97 bilhão pertencentes a empresas.

O BC e o Ministério da Fazenda ainda não divulgaram um balanço oficial de quanto desse montante já foi retirado e quanto ainda está pendente.

Os dados do Banco Central também mostram que:

  • 931.874 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 disponíveis para resgate;
  • 5,1 milhões de brasileiros possuem entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos;
  • A maior parte dos beneficiários, 32,9 milhões de pessoas, têm até R$ 10 para sacar.

O que acontece após o novo prazo?

Após a publicação do edital pelo Ministério da Fazenda, haverá um período de 30 dias para que os titulares contestem o recolhimento dos recursos e entrem em contato com a instituição financeira responsável para recuperar os valores.

Se o titular não se manifestar nesse período, ainda haverá seis meses adicionais para requisitar os valores judicialmente. Após esse prazo, os montantes não resgatados serão definitivamente transferidos para a União.

O governo esclarece que essa medida não se trata de confisco, mas sim de uma destinação legal dos recursos não reclamados dentro do período estabelecido pela legislação vigente.


Como consultar e sacar o dinheiro esquecido?

A consulta deve ser feita exclusivamente pelo site oficial do Banco Central:
https://valoresareceber.bcb.gov.br.

Para solicitar a devolução, é necessário ter uma chave PIX cadastrada. Caso o titular não possua uma chave, deverá entrar em contato com a instituição responsável ou cadastrar uma nova chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação.

No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, somente herdeiros, inventariantes, testamentários ou representantes legais podem fazer a solicitação, mediante preenchimento de um termo de responsabilidade.


Evite golpes: Banco Central alerta para fraudes

O Banco Central reforça que não entra em contato com ninguém por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram para tratar sobre valores a receber.

  • Não clique em links suspeitos enviados por terceiros. O site oficial do BC é o único canal confiável para consultas.
  • Não faça pagamentos para liberar o dinheiro. O serviço é gratuito e não exige nenhuma taxa.
  • Nunca forneça senhas ou dados pessoais a desconhecidos.
  • Cartões de crédito não podem ser usados para resgate.

Em caso de dúvidas, consulte diretamente o site oficial do Banco Central para evitar cair em golpes.

Fonte: Banco Central do Brasil e Agência Brasil.

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